Homem de palavra: Arthur tenta fazer jus ao discurso pós-Tóquio
Foto fechada no rosto de Arthur Silva, que faz cara de cansaço durante movimentação com colega de Seleção Brasileira Rayfran Pontes.

Homem de palavra: Arthur tenta fazer jus ao discurso pós-Tóquio

por Comunicação CBDV publicado 2022/07/01 09:06:00 GMT-3, Última modificação 2022-07-01T13:52:41-03:00
Potiguar disse que Brasil tinha os melhores judocas cegos do mundo e, no Grand Prix de São Paulo, luta para honrar declaração

01/07/2022
São Paulo/SP


"Ano passado, após minha participação em Tóquio, declarei que o Brasil tinha os melhores judocas cegos do mundo. Desde então, me senti na responsabilidade de fazer jus às minhas palavras, assim como meus colegas de equipe têm feito." É com esse espírito que Arthur Silva, líder do ranking na categoria até 90 kg, pisará no tatame do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro para disputar neste fim de semana o IBSA Grand Prix de São Paulo. O torneio reunirá alguns dos principais nomes da modalidade.


Ele estará ao lado de outros 20 brasileiros para tentar dar ao país o terceiro pódio seguido do circuito da Federação Internacional de Esportes para Cegos. O Brasil entra na competição como favorito após terminar as duas primeiras etapas do Grand Prix deste ano, nTurquia e no Cazaquistão, na primeira colocação geral. Foram 20 medalhas: 11 ouros, quatro pratas e cinco bronzes.


Arthur foi responsável por garantir duas dessas medalhas douradas. Desde as mudanças nas regras da modalidade que mexeram nas divisões por peso e na classificação visual, ele não perdeu nenhum combate. "
O Grand Prix será mais um passo para que eu alcance meu objetivo de encerrar este ciclo como campeão mundial e paralímpico", afirma, cheio de confiança, o atleta de 30 anos que começou a perder a visão aos dois anos, resultado de uma retinose pigmentar. Ficou cego total aos 18. Pela Seleção, já ganhou uma prata (Lima 2019) e um bronze (Toronto 2015) em Jogos Parapan-Americanos, dentre outras conquistas.


Por esta mesma categoria, mas na classe J2 (baixa visão), o país contará com o lutador mais novo da delegação: Marcelo Casanova tem apenas 18 anos e fará sua estreia em torneios internacionais. O gaúcho de Caxias do Sul, que tem deficiência visual em decorrência do albinismo, competiu durante quase toda sua trajetória no judô convencional, chegando a fazer parta da Seleção Brasileira sub-18. Em 2021, migrou para o paradesporto e se destacou, ganhando o Grand Prix nacional: "Sendo a minha primeira participação em Grand Prix internacional, e com o bônus de ser sediada no Brasil, minha expectativa vai lá para o alto".

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Marcelo, que tem a pele bem clara e o cabelo branco em decorrência do albinismo, agarra o cubano
Gerardo Reyes durante treino.

Sobre o Grand Prix


A terceira etapa do circuito da IBSA reunirá nove dos 16 líderes do ranking mundial do judô paralímpico no CT Paralímpico, localizado na Rodovia dos Imigrantes, km 11,5, em São Paulo. A competição é aberta ao público.


Confira a programação do evento (horários sujeitos a alterações):
 

Dia 1/7 (sexta-feira)

19:30 - sorteio do chaveamento

Dia 2/7 (sábado)

11:30 - início das lutas preliminares (48 kg, 57 kg, 60 kg e 73 kg)
15:30 - finais (48 kg, 57 kg, 60 kg e 73 kg)

Dia 3/7 (domingo)

11:30 - início das lutas preliminares (-70 kg, +70 kg, -90 kg, +90 kg)
15:30 - finais (-70 kg, +70 kg, -90 kg, +90 kg)
 

Apoio

A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) e a FP Judô (Federação Paulista de Judô) são parceiras da CBDV na organização do evento.


Comunicação CBDV

Renan Cacioli
[email protected]
+ 55 11 99519 5686 (WhatsApp)

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