Três judocas vão representar o Brasil no Mundial Escolar da França

09/05/2022
São Paulo/SP

Três judocas brasileiros embarcam nesta semana para uma jornada inédita: Danilo, Gustavo e Larissa, todos cegos totais, defenderão as cores do país no Mundial Escolar, conhecido como Gymnasiade (Gimnasíada, na tradução), que será realizado entre os dias 14 e 22, na Normandia, na França. Pela primeira vez na história, o evento voltado a atletas entre 16 e 18 anos abriu sua grade a modalidades paralímpicas. Além do judô, foram contemplados o atletismo e a natação. A delegação do Brasil conta com 27 competidores. 

"Quando soube dessa convocação, não acreditei. Fiquei muito feliz!", conta a sul-mato-grossense Larissa Barros de Oliveira, de 16 anos, que nasceu com má formação congênita nos dois olhos e pratica a modalidade desde os quatro. Atleta do Ismac (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas), ela luta na categoria até 57 kg e já participou de três Paralimpíadas Escolares, maior evento mundial para crianças com deficiência em idade escolar e promovido pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).

A possibilidade de disputar um evento internacional tão cedo motiva os judocas, que embarcam na quinta-feira (12) cheios de sonhos: "Acho que eu vou ganhar mais experiência e pode ser uma porta de entrada no futuro para fazer parte da Seleção Brasileira", aposta Danilo David Gerônimo Silva, de 17 anos, praticante desde os oito e nascido em Jaru (RO). "Me dá também mais vontade de ganhar pois posso ser um dos primeiros atletas paralímpicos no meu peso a trazer o ouro do Mundial para o Brasil", completa o lutador do RCP (Rondônia Clube Paraolímpico) da categoria até 73 kg.

O trio estará orientado nos tatames franceses por Tibério Maribondo e Anne Thalita Ferreira. "É um espaço importante que o esporte paralímpico escolar está ocupando dada a tradição e a grandiosidade da Gimnasíada. Será a primeira competição internacional para todos os atletas. A gente não conhece o nível lá fora, até porque é a primeira competição. Mas a expectativa é de adquirir experiência e, se derem chance, o Brasil vai para o pódio!", diz Tibério, treinador da Seleção de base do Brasil.

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Comunicação CBDV

Renan Cacioli
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