Seleções de goalball de Brasil e Israel treinam juntas no CT Paralímpico
Técnico de Israel, Raz Shoam, está com a mão apoiada sobre o ombro de Jéssica Vitorino enquanto a orienta durante treino com a mão esquerda esticada para frente. A atleta está de óculos de goalball, usa camiseta azul da Seleção Brasileira e segura a bola. Ao fundo, Larissa e Moniza estão na lateral da quadra. Fotos: Renan Cacioli/ CBDV.

Seleções de goalball de Brasil e Israel treinam juntas no CT Paralímpico

por Comunicação CBDV publicado 2022/08/04 11:18:52 GMT-3, Última modificação 2022-08-04T11:18:52-03:00
Equipes femininas dos dois países aprimoram parte técnica e estreitam laços culturais ao longo da semana, em São Paulo

04/08/2022
São Paulo/SP


A Seleção Brasileira feminina de goalball vem tendo uma experiência diferente durante a sétima Fase de Treinamentos do ano, que começou no domingo e vai até o dia 8. Isto porque as meninas têm dividido a quadra do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com a Seleção de Israel, que veio ao país a convite da CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais). Entre um arremesso e outro, há espaço também para muita troca de informações. O idioma universal da bola azul ajuda na comunicação e propicia uma atmosfera bastante descontraída durante as atividades.


"Acho bem interessante até mesmo do ponto de vista cultural. As meninas se interessam bastante por esse lado, que é muito diferente. Hoje, mesmo, a dinâmica que o professor puxou foi bem interessante, deu para aprender coisas novas dentro do treinamento. Em competição, você tem só o jogo, e aqui há esse lado mais educativo para ensinar técnicas e movimentações dentro da quadra", pontuou o técnico Gabriel Goulart, referindo-se ao treino coordenado pelo técnico israelense Raz Shoam.


Intercalando atletas dos dois países em trios, ele dava as coordenadas em inglês, e a comissão técnica brasileira repassava às jogadoras. Depois de alguma hesitação inicial natural, as brasileiras se soltaram e houve espaço até para tiração de sarro entre as equipes que se enfrentavam. Bem à vontade, as israelenses aprenderam expressões como "capricha" e "passa nada" e o treinamento virou uma grande competição no melhor nível do goalball, finalizado em uma disputa de penalidades.

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Gaby e Hoseanne aparecem em estaque em uma roda de atletas junto com a israelense Rony Ohayon,
que veste camiseta branca com o número 5 em preto na altura do peito.



"É um lugar fantástico, a estrutura é muito profissional. Estou muito feliz por vir aqui e compartilhar com as brasileiras um pouco do jogo. Há a rivalidade dentro de quadra, mas fora dela é importante esse intercâmbio, ter os dois países juntos", destacou a ala Lihi Ben David, uma das principais atletas de Israel. "Não é algo que muitos países fariam, mas, quando você treina com outra Seleção forte, está mostrando um pouco de suas fraquezas, o que será útil futuramente para trabalhar justamente na correção desses erros. E isto ajuda o goalball de uma forma geral, pois eleva o nível da modalidade", completou a jogadora de 26 anos.


Vale lembrar que, neste ano, as israelenses foram as algozes das brasileiras na semifinal da Malmö Cup com uma vitória incomum, dado o nível das duas equipes, por game (11 a 1). A competição, realizada na Suécia, terminou com a conquista da medalha de bronze pela Seleção Brasileira, que bateu os EUA na disputa pelo terceiro lugar.

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A ala Lihi Ben David faz a alavanca com o braço direito antes do arremesso. Ela é branca e tem o cabelo
preto, cacheado, preso em um rabo de cavalo. Veste camiseta branca com o número 6 na altura do peito.


A estrutura do CT Paralímpico impressionou, também, o técnico israelense: "Estamos muito contentes por estar aqui, aprendendo muito com este excelente time. A parte da vila paralímpica (referindo-se ao Residencial), toda a estrutura, você tem tudo junto em um só lugar. Em Israel, treinamos de quatro a cinco dias por semana, mas, depois da atividade, fazemos a parte de recuperação e vamos para casa. Não dormimos no local, o que é muito importante quando se pensa em conjunto. Quando vimos o Brasil em Malmö, não eram apenas seis jogadoras, era um time de verdade", ressaltou Raz.


Neste ano, além do bronze na Malmö Cup, as brasileiras conquistaram o ouro na Copa Ancara, na Turquia. O foco principal está no Campeonato Mundial, marcado para dezembro, em Portugal, que valerá vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

Patrocínio

A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do goalball brasileiro.


Comunicação CBDV
Renan Cacioli
[email protected]
+ 55 11 99519 5686 (WhatsApp)

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