
Seleções de goalball de Brasil e Israel treinam juntas no CT Paralímpico
04/08/2022
São Paulo/SP
A Seleção Brasileira feminina de goalball vem tendo uma experiência diferente durante a sétima Fase de Treinamentos do ano, que começou no domingo e vai até o dia 8. Isto porque as meninas têm dividido a quadra do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com a Seleção de Israel, que veio ao país a convite da CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais). Entre um arremesso e outro, há espaço também para muita troca de informações. O idioma universal da bola azul ajuda na comunicação e propicia uma atmosfera bastante descontraída durante as atividades.
"Acho bem interessante até mesmo do ponto de vista cultural. As meninas se interessam bastante por esse lado, que é muito diferente. Hoje, mesmo, a dinâmica que o professor puxou foi bem interessante, deu para aprender coisas novas dentro do treinamento. Em competição, você tem só o jogo, e aqui há esse lado mais educativo para ensinar técnicas e movimentações dentro da quadra", pontuou o técnico Gabriel Goulart, referindo-se ao treino coordenado pelo técnico israelense Raz Shoam.
Intercalando atletas dos dois países em trios, ele dava as coordenadas em inglês, e a comissão técnica brasileira repassava às jogadoras. Depois de alguma hesitação inicial natural, as brasileiras se soltaram e houve espaço até para tiração de sarro entre as equipes que se enfrentavam. Bem à vontade, as israelenses aprenderam expressões como "capricha" e "passa nada" e o treinamento virou uma grande competição no melhor nível do goalball, finalizado em uma disputa de penalidades.

que veste camiseta branca com o número 5 em preto na altura do peito.
"É um lugar fantástico, a estrutura é muito profissional. Estou muito feliz por vir aqui e compartilhar com as brasileiras um pouco do jogo. Há a rivalidade dentro de quadra, mas fora dela é importante esse intercâmbio, ter os dois países juntos", destacou a ala Lihi Ben David, uma das principais atletas de Israel. "Não é algo que muitos países fariam, mas, quando você treina com outra Seleção forte, está mostrando um pouco de suas fraquezas, o que será útil futuramente para trabalhar justamente na correção desses erros. E isto ajuda o goalball de uma forma geral, pois eleva o nível da modalidade", completou a jogadora de 26 anos.
Vale lembrar que, neste ano, as israelenses foram as algozes das brasileiras na semifinal da Malmö Cup com uma vitória incomum, dado o nível das duas equipes, por game (11 a 1). A competição, realizada na Suécia, terminou com a conquista da medalha de bronze pela Seleção Brasileira, que bateu os EUA na disputa pelo terceiro lugar.

preto, cacheado, preso em um rabo de cavalo. Veste camiseta branca com o número 6 na altura do peito.
A estrutura do CT Paralímpico impressionou, também, o técnico israelense: "Estamos muito contentes por estar aqui, aprendendo muito com este excelente time. A parte da vila paralímpica (referindo-se ao Residencial), toda a estrutura, você tem tudo junto em um só lugar. Em Israel, treinamos de quatro a cinco dias por semana, mas, depois da atividade, fazemos a parte de recuperação e vamos para casa. Não dormimos no local, o que é muito importante quando se pensa em conjunto. Quando vimos o Brasil em Malmö, não eram apenas seis jogadoras, era um time de verdade", ressaltou Raz.
Neste ano, além do bronze na Malmö Cup, as brasileiras conquistaram o ouro na Copa Ancara, na Turquia. O foco principal está no Campeonato Mundial, marcado para dezembro, em Portugal, que valerá vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Patrocínio
A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do goalball brasileiro.
Comunicação CBDV
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