Brasil vai ao pódio seis vezes e termina Grand Prix de judô em terceiro no geral
Arthur cai sobre o francês Cyril Jonard já com o punho direito em sinal de comemoração enquanto o árbitro da luta faz o comando do ippon. Fotos: Ralf Kuckuck/DBS.

Brasil vai ao pódio seis vezes e termina Grand Prix de judô em terceiro no geral

por Comunicação CBDV publicado 2024/02/18 20:05:00 GMT-3, Última modificação 2024-02-18T20:35:38-03:00
Arthur Silva e Wilians Araújo confirmam favoritismo na Alemanha e garantem dois ouros ao país; Alana é prata em sua volta aos tatames

18/02/2024
São Paulo/SP


A Seleção Brasileira de judô paralímpico conquistou neste domingo (18) cinco medalhas, sendo duas de ouro, com Arthur Silva (até 90 kg J1) e Wilians Araújo (+90 kg J1), duas de prata, com Alana Maldonado (até 70 kg J2) e Brenda Freitas (até 70 kg J1), e uma de bronze, com Rebeca Silva (+70 kg J2), e terminou o Grand Prix de Heidelberg, na Alemanha, na terceira colocação geral, com seis pódios ao todo – Elielton Oliveira (até 60 kg J1) já havia sido prata no sábado. Foi o primeiro dos três eventos do circuito internacional da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) previstos para acontecer antes dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Os demais serão em Antalya, na Turquia, em abril, e Tiblisi, na Geórgia, em maio.


Todos esses torneios contam pontos para o ranking mundial, principal critério de distribuição de vagas da modalidade para a Paralimpíada. "Campeão aqui na Alemanha, a competição mais antiga do judô paralímpico. Uma alegria muito grande e sinal de que vem ouro em Paris, se Deus quiser, seguindo nessa pegada!", vibrou o potiguar Arthur Silva, de 31 anos, que confirmou o favoritismo na categoria até 90 kg para atletas J1 (cegos totais). Atual líder do ranking, ele derrotou o sueco Oscar Widegren (14º do mundo) na estreia, o mongol Battugs Batkhuyag (13º) na semifinal e o francês Cyril Jonard (10º) na disputa pelo ouro.


Outro líder de ranking que não deu chances aos adversários foi o paraibano Wilians Araújo, de 32 anos, atual campeão mundial dos pesados (acima de 90 kg) na J1. Ele passou pelo mongol Ganbat Dashtseren (7º do mundo), pelo holandês Daniel Knegt (8º) e por Ion Basoc, da Moldávia, o segundo do ranking, para levar o ouro. "Mais uma medalha de ouro para o nosso Brasil, é um orgulho enorme estar representando essa nação. Quero agradecer demais à CBDV por todo o esforço para que estivéssemos aqui com tantos atletas", falou o atleta, que buscará em Paris seu primeiro ouro paralímpico – tem uma prata na Rio 2016.


Alana volta ao pódio no retorno aos tatames


Quase um ano depois de ter lesionado o joelho direito no Egito, Alana Maldonado voltou a disputar um torneio. Bicampeã mundial e atual campeã paralímpica na categoria até 70 kg para atletas J2 (baixa visão), a paulista de 28 anos, que caiu para a quinta posição do ranking justamente devido ao tempo em que ficou sem competir, derrotou a cazaque Ayala Mereke e a japonesa Kazusa Ogawa (4ª do mundo) antes de encontrar a chinesa Yue Wang, relativamente nova na categoria – lutava no extinto peso até 63 kg, pelo qual foi bronze em Tóquio e no Mundial de Portugal, em 2018. A brasileira acabou perdendo a luta a seis segundos do fim, quando recebeu sua terceira punição, e ficou com a prata.


"Não foi o resultado que eu queria, mas levo para casa algumas lições depois de quase um ano sem competir. Temos ainda seis meses até Paris e o objetivo maior é lá na frente. Quero agradecer pela torcida de todos", disse Alana.

 

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Alana, a primeira da esquerda para a direita, está no lugar mais alto do pódio ao lado das outras três medalhistas, que exibem suas medalhas para o fotógrafo.


A outra prata deste domingo veio com a carioca Brenda Freitas, de 28 anos, que perdeu para a chinesa Li Liu, terceira do ranking mundial, na luta valendo o ouro. "Essa medalha significa que estou no caminho certo, tenho muitas coisas a corrigir, mas ser vice-campeã de um Grand Prix nessa reta final é muito importante para a pontuação", destacou a atleta da categoria até 70 kg J1.


Por fim, a paulista Rebeca Silva, de 22 anos, foi surpreendida logo na estreia por uma novata, a uzbeque Mokhinur Parmonova, de 19 anos, ainda nem ranqueada. Líder das pesadas (acima de 70 kg) na J2, a brasileira teve de vencer três oponentes na repescagem, incluindo a compatriota Meg Emmerich, para ganhar o bronze. Na luta valendo a medalha, ela despachou a cazaque Aidana Gazizkyzy, nona melhor do mundo na categoria. "Consegui uma medalha muito importante para pontuar, estou muito feliz e agora é evoluir para, nas próximas, conseguir a medalha de ouro", disse a jovem atleta da Seleção Brasileira.


Com seis medalhas ao todo, o Brasil ficou atrás da China (três ouros, duas pratas e um bronze) e da Ucrânia (três ouros e um bronze) na classificação geral do Grand Prix alemão. Ao todo, a Seleção foi representada por 16 atletas. Além dos seis pódios, o país ainda teve quatro quintos lugares. "Essa medalha é muito importante para estar entre os sete melhores do mundo e buscar a vaga em Paris", falou o manauara Elielton Oliveira, de 27 anos, que havia conquistado a prata no sábado, primeiro dia de competição, e ocupa atualmente a terceira posição na categoria até 60 kg para atletas J1.


O judô paralímpico é uma das modalidades que mais rendeu medalhas ao país na história das Paralimpíadas: foram 25 ao todo, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes.

 

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