Festival deixa legado às mulheres: 'O futebol de cegas já é realidade'
Fabiane, Ana e Talita, três das participantes do evento, estão abraçadas chorando durante a cerimônia de premiação do Festival.

Festival deixa legado às mulheres: 'O futebol de cegas já é realidade'

por Comunicação CBDV publicado 2022/05/30 11:43:00 GMT-3, Última modificação 2022-05-30T11:44:21-03:00
Evento realizado pela CBDV foi o primeiro voltado exclusivamente ao público feminino; atletas ganham bolas para seguir praticando

30/05/2022
São Paulo/SP


Encerrado o I Festival de Futebol de Cegas, evento promovido pela CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) ao longo da última semana para incentivar a prática da modalidade entre o público feminino, o balanço feito pelos treinadores que orientaram as 26 participantes foi o melhor possível, conforme atesta a técnica Laryssa Macêdo: "Para mim, ainda está caindo a ficha de tudo o que aconteceu. O futebol de cegas já é realidade e, agora, só ampliamos os objetivos".


De quinta a domingo, as 23 atletas de linha deficientes visuais e as três goleiras participaram de palestras e atividades práticas em campo que culminaram com jogos exibição nas quais puderam experimentar todos os fundamentos do jogo. Ao fim, receberam medalhas de ouro das mãos do secretário-geral da Confederação, Helder Maciel. A emoção tomou conta do campo de grama sintética do CT Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.


"O final muito muito emocionante, eu mesmo cheguei às lágrimas pelos depoimentos delas, muitas vieram dizer que achavam que não conseguiriam, que era um sonho. Foi fantástico participar um pouco do sonho de muitas delas. Tenho certeza de que foi o pontapé inicial e chegaremos mais longe com mais gente participando e, quem sabe, competições a nível regional e nacional", diz o técnico David Xavier, que integra a comissão técnica da Seleção Brasileira de base
.

 

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O técnico David Xavier está entre as atletas Nayane e Andreza. Os três têm medalhas ao redor do pescoço.
Nayane segura sua medalha com a mão direita.


Além das medalhas, cada atleta recebeu da CBDV uma bola oficial novinha em folha para seguir praticando em sua cidade. "As meninas nos deram a palavra de que irão continuar praticando e convidando outras meninas. Elas estão muito felizes e emocionadas com o apoio da CBDV, que as presenteou com esse evento e todo o material necessário para a prática. Agora, elas tem o estímulo, as ferramentas e o apoio de nós, professores. Estou ansiosa pelos próximos capítulos, já à espera dos vídeos e mensagens que as atletas me prometeram e muito feliz em fazer parte dessa linda história", completa Laryssa.


Do medo à realização


Apesar da vasta experiência na modalidade, os professores confessam que havia mais receios do que certezas antes do Festival começar. Mas que tudo foi se encaixando naturalmente. Além de Laryssa e David, o técnico André Vicente, da Apadv-SP, foi o outro profissional convidado a orientar as atletas no evento.


"No início, as meninas falaram de timidez, medos, dúvidas, ansiedades e dificuldades, mas também da certeza de se permitir: aprender, tirar dúvidas, acertar, errar e desfrutar o momento. E logo no primeiro contato com o campo, foi isso que aconteceu e se repetiu em todos os encontros", explica Laryssa. "De início, houve aquele medo do novo, de algo que não conhecíamos, do número de inscritas. Era pouco tempo para muitas meninas, a maioria dizendo que não sabia jogar... Fiquei maravilhado com tudo o que foi proposto e a troca com elas. Posso dizer com certeza que aprendi muito mais do que ensinei", finaliza David.

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Atletas posam com os três treinadores no campo de grama sintética do CT; alguma estão sentadas e outras em pé.



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Comunicação CBDV
Renan Cacioli
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