Brasil ganha mais quatro ouros e termina em primeiro no Mundial de Astana
A imagem mostra Brenda vestindo um quimono branco com a bandeira do Brasil no peito. Ela está usando uma medalha de ouro no pescoço e faz um gesto de coração com as mãos acima da cabeça. O fundo é composto por um painel com vários logotipos e inscrições. A expressão dela é de felicidade e orgulho. Crédito: Renan Cacioli/ CBDV.

Brasil ganha mais quatro ouros e termina em primeiro no Mundial de Astana

por Comunicação CBDV publicado 2025/05/14 15:05:52 GMT-3, Última modificação 2025-05-14T15:05:52-03:00
Alana Maldonado e Wilians Araújo mantêm títulos e ganham companhia de Brenda Freitas e Rebeca Silva na galeria de campeões

14/05/2025
Astana/KAZ


A Seleção Brasileira de judô paralímpico fez história nesta quarta-feira em Astana, palco do Campeonato Mundial. Depois do ouro de Rosi Andrade (até 52kg J1) e a prata de Danilo Silva (até 81kg J1) no primeiro dia de competição, o país conquistou mais quatro ouros, com Alana Maldonado (até 70kg J2), Brenda Freitas (até 70kg J1), Rebeca Silva (+70kg J2) e Wilians Araújo (+95kg J1). Ganhou também quatro pratas, com Larissa Silva (até 60kg J1), Millena Freitas (+70kg J1), Meg Emmerich (+70kg J2) e Arthur Silva (até 95kg J1). E ainda levou um bronze, com Felipe Amorim (+95kg J2). As 11 medalhas no total, sendo cinco douradas, fizeram o Brasil terminar a competição individual na liderança geral. Os judocas que competiram como NPA (sigla em inglês para Atletas Paralímpicos Neutros) ficaram em segundo, com três ouros e quatro bronzes, seguidos da Geórgia, com três ouros e três bronzes.


Assim, a Seleção assegurou sua melhor campanha de todos os tempos, que era justamente a da última edição, em Baku 2022, quando ganhou dez medalhas, sendo dois ouros, duas pratas e seis bronzes. Dos 20 convocados para o Cazaquistão, 14 chegaram às disputas por medalhas. O Brasil se mantém no topo da modalidade após a campanha histórica em Paris 2024, quando também terminou na primeira colocação geral, com oito pódios, sendo quatro primeiros lugares. O Mundial termina nesta quinta com a competição por equipes, quando cada país escolhe um grupo de judocas para enfrentar seus oponentes. 


"Eu acho que ainda não tá caindo a ficha, mas eu vim aqui lutar concentrada, focada, bem objetiva. É tudo muito emocionante e estou muito feliz por essa conquista. No último Mundial, eu não tive muita cabeça e hoje vi aqui e conseguir lutar do jeito que lutei é uma vitória!", celebrou a carioca Brenda Freitas, de 30 anos, que havia sido bronze em Baku 2022 e, agora, se junta ao grupo dos campeões mundiais do Brasil. Na final desta quarta, ela derrotou a grega Theodora Paschalidou.

 

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Brenda mal finalizou o ippon sobre a grega e já abriu o sorriso, ainda no fim do movimento do golpe.


Outra nova campeã mundial do Brasil é a paulista Rebeca Silva, de 24, atual campeã paralímpica da categoria peso-pesado para atletas J2 (baixa visão). Depois de despachar na semi a cubana Sheyla Hernandez Estupinan, sua adversária na final em Paris 2024, ela encontrou a compatriota Meg Emmerich, de 39, e finalizou a colega de treinamentos para assegurar seu primeiro título mundial: "Assim como na Paralimpíada, a ficha ainda não caiu nessa saída do tatame, mas acredito ser um passo muito importante rumo ao bicampeonato em Los Angeles", falou Rebeca. 


Além das duas "novatas" de topo de pódio mundial, o Brasil celebrou outras conquistas dos atuais campeões Alana Maldonado e Wilians Araújo. A paulista de 29 anos conquistou o tri consecutivo ao derrotar a cazaque Ayala Mareke na decisão. Já o paraibano de 33 fez sua dobradinha com a conquista de 2022 superando Ion Basoc, da Moldávia. "É uma emoção muito grande, muito trabalho, mas conseguimos mais um título. Me sinto muito honrada e muito feliz", disse a bicampeã paralímpica da categoria até 70kg J2. "É a realização de um sonho. Muita gratidão, agradecer demais à minha esposa, minha filha. Não tem coisa melhor do que ligar para ela e ouvir 'papai, papai'. Mais um título e é muito bom fazer parte desse grupo seleto!", disse Wilians.

 

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Alana se levanta do tatame após a vitória já fazendo o número 3 com os dedos de cada mão, e sorrindo.

 

Novatos dão conta do recado e brilham


O quarteto dourado já tinha participado de Mundiais antes, mas dois medalhistas do dia eram novatos na competição. A carioca Millena Freitas, de 24 anos, ganhou três de seus quatro combates na chave com cinco judocas, ocasião em que não há chaveamento e todas lutam contra todas, para faturar a prata. Já o paulista Felipe Amorim, de 41, mal saiu do judô olímpico para iniciar com o pé direito sua trajetória no paradesporto e conseguiu o bronze. Após ser superado na semifinal, venceu a repescagem e derrotou o britânico Jack Hodgson. "A primeira competição internacional, fazia muito tempo que eu não competia, voltei no ano passado e acho que foi uma experiência incrível. Dedico a vitória à minha esposa e aos meus filhos, que tiveram a paciência de deixar eu treinar", falou Felipe.


O Brasil ainda ganhou outras duas pratas, com Larissa Silva e Arthur Silva. A paraense de 25 anos fez uma campanha avassaladora e só parou na decisão na uzbeque Uljon Amrieva. Já o atual campeão paralímpico da categoria até 95kg J1 controlava a final diante do britânico Daniel Powell, quando acabou surpreendido e levou o estrangulamento. "Estava falando com o sensei que são dois sentimentos diferentes: triste, porque queria ser campeã mundial, mas feliz por ser medalhista em um Mundial", explicou Larissa. 

 

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Quatro judocas posam para uma foto no pódio, cada uma vestindo um quimono branco e faixa preta. Da esquerda para a direita, a primeira judoca é Larissa, do Brasil, identificada pela bandeira brasileira em seu quimono, e segura uma medalha de prata. Todas estão em frente a um painel com logotipos e patrocinadores do evento.


Dos dez judocas do Brasil que foram ao tatame nesta quarta, apenas o gaúcho Marcelo Casanova não conseguiu ir ao pódio. Após perder na estreia para o georgiano Zviad Gogotchuri, ele voltou direto para a disputa pelo bronze, mas também foi derrotado, desta vez pelo alemão Daniel Goral.

 

 

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