Seleção Brasileira de judô paralímpico faz história em Baku
Brenda, Erika, Alana, Wilians, Tenório, Arthur, Meg e Rebeca posam no pódio do Centro Heydar Aliyev, em Baku, com suas respectivas medalhas. Foto: Débora Corrigliano/ CBDV.

Seleção Brasileira de judô paralímpico faz história em Baku

por Comunicação CBDV publicado 2022/11/09 13:39:27 GMT-3, Última modificação 2022-11-09T13:39:27-03:00
Alana Maldonado e Wilians Araújo são campeões, e país conquista ainda uma prata e cinco bronzes; Mundial acaba nesta quinta

09/11/2022
Baku/AZE


O Brasil chegou a Baku, palco do Mundial de Judô Paralímpico 2022, com dois campeões mundiais na delegação. Voltará do Azerbaijão com mais dois ouros, que Alana Maldonado e Wilians Araújo conquistaram nesta quarta-feira (9), no segundo e histórico dia de competição para o país. A Seleção ganhou ainda uma prata, com Erika Zoaga, e cinco bronzes: Arthur Silva, Antônio Tenório, Brenda Freitas, Meg Emmerich e Rebeca Silva. Somadas às conquistas de Thiego Marques e Rosi Andrade do dia anterior, já são dez medalhas, na melhor campanha já feita no torneio, que acaba nesta quinta com a disputa por equipes.


"O bicampeonato é nosso! Só tenho a agradecer a todos que estão envolvidos comigo no dia a dia, ao meu clube Palmeiras, a todos da Seleção. Eu sempre falo que a gente sobe sozinha no pódio, mas por trás tem uma grande equipe", vibrou a paulista Alana, de 27 anos, que já havia levado o ouro na edição de 2018, disputada em Odivelas, Portugal. O bi na categoria até 70 kg para atletas J2 (baixa visão) veio com uma vitória dura na final. A adversária foi a turca Raziye Ulucam, derrotada três vezes pela brasileira anteriormente, mas que levou o combate até os três minutos do Golden Score, como é chamada a prorrogação na modalidade. Alana encaixou o golpe perfeito e comemorou ajoelhada no tatame. Veja no vídeo abaixo:

 
 
 
 
 
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Ela se torna a única atleta do Brasil a ter dois ouros em Mundiais no currículo. Líder do ranking, a judoca tentará agora o segundo ouro também em Jogos Paralímpicos. Depois do título em Tóquio, a meta é repetir a dose em Paris 2024.


Quem também subiu ao lugar mais alto do pódio do Mundial, só que de maneira inédita, foi o paraibano Wilians Araújo, de 31 anos, que levou a melhor entre os pesados (acima de 90 kg) da classe J1 (cegos totais). O desafio do atleta foi proporcional ao seu tamanho: vencer na decisão o judoca da casa Ilham Zakiyev, de 42 anos, dono de quatro medalhas paralímpicas (dois ouros e dois bronzes) e atual campeão europeu. Com um ippon inapelável, Wilians botou o gigante adversário para o chão e ainda teve forças para erguê-lo nos braços na comemoração, como gesto de respeito ao oponente.

 
 
 
 
 
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"Que sonho realizado! Depois de tudo que eu passei, isso é a coroação de um trabalho. Da minha equipe, o Instituto Benjamin Constant, que eu represento, do meu sensei Antônio, que está aqui presente, de toda a comissão técnica da CBDV, que fez eu sonhar com esse título mundial. Esse título faltava lá em casa, é inédito para mim e para minha família! E para a minha filha, Carolina, que vai nascer em fevereiro campeã mundial. Isso é demais!", comemorou o brasileiro, bastante emocionado.


Na final da categoria acima de 70 kg J1 feminina, a sul-mato-grossense Erika Zoaga, de 34 anos, acabou superada pela ucraniana Anastasiia Harnyk, atual campeã europeia. A prata foi tão celebrada quanto o ouro: "Estou muito feliz pelo resultado no meu primeiro Mundial. Sou vice-campeã e quero agradecer a todos que fizeram parte dessa conquista".


Chuva bronzeada no Azerbaijão


O Brasil classificou ainda seis atletas para as disputas pelo bronze. Destes, apenas Marcelo Casanova não conseguiu colocar a medalha ao redor do pescoço, ao perder seu combate para o ucraniano Oleksandr Nazarenko na categoria até 90 kg (J2).


A primeira atleta do país a ganhar a disputa pelo terceiro lugar foi a carioca Brenda Freitas, de 27 anos, que precisou superar a dura derrota na estreia para a oponente Turuunaa Lkhaijav, da Mongólia. Brenda chegou a ter um ippon anulado antes de perder a luta. Após ganhar na repescagem, ela bateu a grega Theodora Paschalidou e ficou com o bronze: "Quero agradecer, primeiramente, à minha mãe e ao meu namorado, que sempre estiveram do meu lado", disse a judoca, que era favorita na categoria até 70 kg (J1) pois chegou a Baku na liderança do ranking mundial.


Situação semelhante viver Arthur Silva, de 30 anos, líder da categoria até 90 kg (J1). O brasileiro não conseguiu encontrar espaço para atacar o francês Cyril Jonard na estreia e levou o ippon – seu algoz ganharia o ouro mais tarde. O atleta potiguar de 30 anos teve de superar três repescagens para chegar à disputa do bronze, quando bateu o italiano Valerio Teodori por ippon. "Fui de frustrado a muito alegre com essa minha primeira medalha em Mundiais." Nesta mesma categoria, Antônio Tenório ganhou o outro bronze e, aos 52 anos, provou estar com apetite para chegar a Paris 2024, no que seria sua oitava participação em Jogos Paralímpicos.


Outra categoria com dobradinha brasileira no pódio foi a das pesadas (acima de 70 kg) para atletas J2. As paulistas Meg Emmerich, e 36 anos, e Rebeca Silva, de 21, confirmaram os bronzes com vitórias sobre a americana Katie Davis e a francesa Prescillia Leze, respectivamente. Líder do ranking, Rebeca acabou derrotada logo na estreia para a italiana Carolina Costa, que ficaria com o título. "Só tenho a agradecer a todos da equipe, meus colegas de treino e meus treinadores", disse Rebeca, que se une à lista dos judocas do país com conquistas em Mundiais. Meg, por sua vez, ganhou seu segundo bronze nesta competição, repetindo o feito de 2018, em Portugal.

 

Patrocínio

A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do judô paralímpico brasileiro.


Comunicação CBDV

Renan Cacioli

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