CBDV leva trio de árbitros para apitar torneio de goalball em Portugal
Árbitra Natália Caldeira está agachada, em um ginásio esportivo, com as pernas bem afastadas e o tronco inclinado para frente, próxima ao chão. Ela usa roupa preta e segura um apito na mão direita. Está concentrada e olhando para frente, em direção ao jogo, que não aparece na imagem.. Ao fundo, há uma cadeira de plástico branca, uma mesa branca e uma lixeira cinza com tampa vermelha, além de uma parede amarela. O chão é de madeira polida. Crédito: Renan Cacioli/ CBDV.

CBDV leva trio de árbitros para apitar torneio de goalball em Portugal

por Comunicação CBDV publicado 2025/09/03 16:17:50 GMT-3, Última modificação 2025-09-03T16:17:50-03:00
Grand Prix de Odivelas, que começa nesta sexta, contará com sete pessoas no apito, sendo três do Brasil

03/09/2025
São Paulo/SP


Três árbitros de goalball do Brasil embarcam na noite desta quarta-feira (3) rumo a Portugal, onde se unirão a outros quatro profissionais de Espanha e Portugal para apitarem no Grand Prix de Odivelas, torneio interclubes que reunirá oito equipes mistas (formadas por homens e mulheres) de seis países, entre os dias 5 e 7 de setembro. Natália Caldeira, de 41 anos, Sidnei Mosco, de 39, e Matheus Fava Bon, de 30, todos com certificação de Nível Internacional 1, foram convocados.


A qualificação de seu quadro de árbitros é uma estratégia permanente da CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais), que, além de promover a ida de alguns profissionais para eventos fora do país, também realiza regularmente cursos pelo Brasil durante os seus campeonatos. Neste ano, por exemplo, a Confederação enviou duas árbitras para a Lituânia, a paranaense Fabiana Milioransa e a paulista Kelly Gradwool, onde foram certificadas com o Nível 3, o mais alto do apito no goalball. Também levou o mato-grossense Joaquim Borges e a mineira Larissa Guimarães à Alemanha. Lá, a dupla alcançou o Nível 2.


"É de suma importância ter a participação dos árbitros nas competições internacionais. Vemos que o goalball hoje evoluiu bastante, teve mudanças de regras. Então, a CBDV sempre vai estar oportunizando à nossa arbitragem a chance de se qualificar e trazer novos conhecimentos ao Brasil", falou o secretário-geral da Confederação, Romário Marques, que se aposentou após os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 após mais de uma década defendendo a Seleção Brasileira.


Quem são os árbitros?


Árbitra desde 2004, Natália, que é nascida nos EUA, passou mais de uma década afastada das quadras até retornar, em 2022. "Apitar neste torneio representa, acima de tudo, uma grande vitória pessoal. Retornar ao cenário nacional e, agora, reconquistar meu espaço no panorama internacional tem sido uma jornada extremamente gratificante. Mais do que uma realização individual, esta também é uma oportunidade valiosa para, enquanto equipe, mostrarmos a força da arbitragem brasileira. Agradeço à CBDV pela oportunidade e pela confiança no meu trabalho", disse.

 

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Natália está em pé, segurando um microfone com uma mão e uma bola azul com a outra. Ela veste roupas esportivas pretas e tênis amarelos. Atrás dela, há uma grade azul e, sentados em cadeiras brancas, dois homens com camisetas azuis e expressão atenta observam. Mais ao fundo, outras pessoas estão sentadas em arquibancadas verdes. O ambiente é típico de um ginásio de esportes.


Já o paulista Sidnei, que é o atual Coordenador de Arbitragem da CBDV, apita desde 2013. Ele avalia como extremamente positiva a participação brasileira na competição: "A presença do Brasil com três árbitros tem um peso enorme. Primeiro, porque reforça a credibilidade e o respeito que a arbitragem brasileira conquistou internacionalmente, sendo reconhecida por sua competência e seu profissionalismo. Segundo, porque cada árbitro que participa de uma competição desse porte retorna com bagagem prática riquíssima, que beneficia não apenas sua carreira individual, mas também o desenvolvimento da arbitragem no país".

 

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Quadra esportiva indoor com dois árbitros em pé conversando. Ambos usam camiseta preta. Sidnei, à esquerda, está de frente para a câmera, com um apito amarelo pendurado no pescoço. Sua camiseta tem o símbolo da CBDV. O árbitro à direita está de costas e sua camiseta tem a palavra "ARBITRAGEM" escrita. Ao fundo, é possível ver uma trave de gol de goalball.


Mais jovem do grupo, o também paulista Matheus iniciou no apito em 2017, após ter se encantado com a modalidade durante a Paralimpíada do Rio, em 2016. "É um evento muito bem organizado, a minha expectativa está lá em cima. Além de ser uma experiência nova, minha primeira saída do país, eles vão testar por lá algumas regras diferentes. A que mais chama a atenção é a de não ter o 'play', então, o jogo vai voltar depois do apito. Terá o 'quiet, please!' e, em seguida, o apito", explicou.

 

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Matheus tem barba, cabelo castanho curto, usa alargador na orelha e relógio preto no pulso esquerdo, além de várias tatuagens no braço esquerdo. A mão esquerda está levantada tocando o cabelo. No fundo, há uma rede e estrutura de quadra.

 

As partidas do Grand Prix de Odivelas serão transmitidas ao vivo pelo canal Goalball TV, no YouTube. Os jogos começam na sexta, a partir das 14h30 (de Brasília). No sábado, a transmissão se inicia às 5h e, no domingo, às 4h. A final acontecerá às 9h.


As equipes participantes são:

  • Grupo A: Golden Feathers (POR), Birmingham GC (GBR), Aragon (SPA), Old Power (FIN).
  • Grupo B: CA Cultural (POR), Aisti Sport (FIN), USV Hercules (NED), BSI (DEN).

 

Patrocínio

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COMUNICAÇÃO CBDV
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Brenda Mendes
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