CBDV alinha seu planejamento técnico para ciclo de Los Angeles 2028

26/11/2024
São Paulo/SP

A CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) encerrou na última segunda-feira (25), em São Caetano do Sul (SP), a "Jornada Imersiva de Formação e Planejamento Técnico da CBDV - Ciclo 2025-2028", encontro realizado para alinhar, integrar e organizar os novos fluxos das áreas técnicas sob a gestão eleita em outubro para o período, tendo Helder Maciel Araújo como presidente e Romário Marques à frente da secretaria-geral da Confederação. Mais de 40 pessoas, entre treinadores, assistentes e demais membros de comissões técnicas, integrantes do Conselho de Atletas, coordenadores e profissionais da CBDV puderam compartilhar conhecimentos, discutir diretrizes, propor boas práticas e fortalecer a integração entre as equipes.

O encontro aconteceu no auditório do Hotel Mercure e buscou não apenas aprimorar as estratégias da Confederação, mas também fomentar um senso de pertencimento e responsabilidade entre todos os colaboradores. Em sua fala inicial, o presidente da CBDV destacou algumas novidades que chegam para a sua gestão, como a criação e eleição do Conselho de Administração, órgão que atuará junto à diretoria na aprovação de regulamentos, calendário, portarias internas e demais demandas. "Tudo precisa passar por ele, então, não dá mais para fazer as coisas 'dando um jeito'. Ele traz ainda mais transparência às ações da CBDV, já que é composto também por membros independentes", destacou Helder Maciel.

Coordenador de Gestão Estratégica da Confederação, o professor Carlos Ferrari conduziu a jornada e também ressaltou o papel do Conselho na nova gestão: "É um corpo mais moderno, o CPB [Comitê Paralímpico Brasileiro] importou essa novidade de OSCS [Organizações da Sociedade Civil] grandes que já têm essa prática e induziu as Confederações a adotar esse tipo de prática".

Em seguida, foi apresentada a nova formatação da Equipe Multidisciplinar da CBDV, que contará com diferentes coordenações interligadas: 

• Coordenação de Saúde - ficará sob responsabilidade de Halekson Barbosa de Freitas e cuidará de todas as demandas trazidas pelos profissionais da saúde nas comissões técnicas;
• Coordenação de Fisiologia e Ciência - departamento sob responsabilidade de Alexandre Sérgio da Silva, que trabalhará com todos os dados gerados pelos trabalhos desenvolvidos pelas comissões técnicas das Seleções e terá o papel de ajustá-los pensando no melhor resultado possível;  
• Coordenação Técnica - novo posto assumido pelo ex-treinador da Seleção de futebol de cegos, Fábio Vasconcelos, que fará a ponte entre diretoria e comissões técnicas e atletas das Seleções das três modalidades;
• Coordenação de Seleções - tocada por Luis Felipe Castelli, cuidará de toda a burocracia, como aquisição de materiais e demandas administrativas das equipes, dentro e fora do Brasil.

Cada profissional foi chamado a explicar um pouco sobre sua função nesta nova estrutura organizacional. Treinador da Seleção e ex-goleiro de futebol de cegos do Brasil, Fábio Vasconcelos destacou a necessidade de todas as categorias das Seleções seguirem um mesmo modelo de trabalho: "Base e principal têm de trabalhar em conjunto, seguindo a mesma metodologia para ter um caminho só". Já o fisiologista Alexandre da Silva pontuou o tempo todo em sua apresentação que "é preciso tomar opiniões baseadas em dados". Por fim, o fisioterapeuta Halekson Barbosa explicou em um quadro como funcionará o fluxograma das coordenações em relação ao seu setor. "Farei o gerenciamento de recursos humanos (seleção de profissionais), tecnológicos e insumos. E vou fazer uma filtragem desses recursos", disse.

A jornada contou ainda com uma apresentação do departamento de comunicação, situando onde a Confederação se encontra atualmente em termos de posicionamento digital e quais os planos para o próximo ciclo. Falou também do crescimento do calendário anual, mostrando um comparativo entre 2013 e 2025, e dos desafios de se elaborar atualmente a programação de todos os eventos realizados, e discutiu o Código de Ética da CBDV.

Neste último ciclo, finalizado com os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, a CBDV conseguiu sua melhor campanha na história, com dez medalhas: quatro ouros, duas pratas e quatro bronzes. Em entrevista na semana passada ao podcast "Além do Pódio", parceria entre o CPB e o UOL Esporte que foi realizado durante o Expo Brasil Paralímpico, o presidente Helder Maciel falou da expectativa de melhorar ainda mais a campanha em Los Angeles 2028.

Patrocínio

A Loterias Caixa é a patrocinadora oficial do futebol de cegos, goalball e judô paralímpico brasileiros.

Comunicação CBDV
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