Pódio de competição de judô feminino. Quatro atletas estão lado a lado, todas usando quimonos brancos, faixas pretas e segurando flores e medalhas. As duas judocas centralizadas, Lúcia e Núbea, têm o brasão do Brasil em seus quimonos. Ao fundo, há um painel grande com letras maiúsculas, parcialmente visíveis, formando a palavra "WELCOME". Todas estão sorrindo, comemorando suas conquistas. Crédito: Divulgação.

Seleção Brasileira de judô paralímpico ganha um ouro e um bronze no Egito

por Comunicação CBDV — publicado 2025/08/18 16:10:00 GMT-3, Última modificação 2025-08-19T11:32:51-03:00

Lúcia Araújo e Maria Núbea Lins sobem ao pódio na mesma categoria no Grand Prix de Gizé; mais 10 brasileiros lutam amanhã

18/08/2025
São Paulo/SP

A Seleção Brasileira de judô paralímpico conquistou nesta segunda-feira (18) duas medalhas no primeiro dia do Grand Prix da IBSA que vem sendo realizado em Gizé, no Egito, ambas na categoria até 60kg para atletas J2 (baixa visão): a paulista Lúcia Araújo, de 44 anos, foi ouro ao derrotar na final a alemã Isabell Thal e a fluminense Maria Núbea Lins, de 35, ficou com o bronze ao superar a argentina Laura González. O Brasil ainda teve outros três judocas brigando pelo bronze, mas que acabaram derrotados nas lutas por medalha: Giovana Rodrigues (até 52kg J2), Danilo Silva (até 81kg J1) e Harlley Arruda (até 81kg J1).

"Finalmente, acabou o jejum de medalha. Conquistei o lugar mais alto do pódio, estou muito, muito feliz e quero agradecer a todos pela torcida!", falou Lúcia, que não havia conseguido medalhar este ano nem no Mundial nem na Copa do Mundo. Para chegar ao ouro, ela passou suíça Carmen Brussig, nas quartas, e pela argentina Laura González, na semi, antes de ganhar da alemã no combate decisivo. A paulista é uma das mais experientes da Seleção Brasileira atualmente e tem no currículo, dentre outras conquistas, duas pratas (Londres 2012 e Rio 2016) e um bronze (Tóquio 2021) em Jogos Paralímpicos.

"Muito feliz em estar representando nosso país e poder ajudar com essa medalha. Agora é seguir ajustando os detalhes, evoluindo sempre. Seguimos juntos por mais!", falou Núbea, que havia batido na trave no Mundial de Astana, em maio, quando perdeu a medalha de bronze em seu último combate. Em sua estreia no Egito, ela acabou superada justamente pela alemã Thal, que faria a final com a colega Lúcia posteriormente. Na repescagem, bateu a britânica Emily Betts antes de derrotar a argentina Laura González para garantir seu lugar no pódio.

Dos nove brasileiros que lutaram nesta segunda-feira, quatro acabaram ficando pelo caminho e não conseguiram avançar às lutas valendo medalha: Deyverson de Souza (70kg J1), Elielton Oliveira (70kg J1), Thiego Marques (70kg J2) e Denis Rosa (81kg J2).

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Nesta terça, outros dez brasileiros entram em ação no segundo e último dia de combates. As preliminares começarão às 5h (horário de Brasília) e as finais, às 9h. Todos os confrontos podem ser acompanhados ao vivo pelo YouTube da IBSA.

Confira quem vai lutar:

Larissa Silva (60kg J1)
Alana Maldonado (70kg J2)
Brenda Freitas (70kg J1)
Millena Freitas (+70kg J1)
Meg Emmerich (+70kg J2)
Rebeca Silva (+70kg J2)
Arthur Silva (95kg J1)
Marcelo Casanova (95kg J2)
Felipe Souza (+95kg J2)
Wilians Araújo (+95kg J1)

A competição vale pontos no ranking mundial, principal critério de seleção para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. Trata-se do primeiro evento internacional dos judocas brasileiros após a campanha vitoriosa no Campeonato Mundial de Astana, em maio. Este ano, o país conquistou também a Copa do Mundo disputada em Tbilisi, na Geórgia, em março.

Este ano prevê ainda mais uma etapa do circuito mundial da IBSA, que será realizada em São Paulo, em dezembro.

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